Bem vindo ao guia Foca GNU/Linux. A versão que esta lendo agora contém o(s) nível(is) de aprendizado:
Entre o conteúdo do guia, você encontrará:
GNU/Linux
, seus comandos,
arquivos, diretórios, etc.
DOS
/Windows
e o GNU/Linux
GNU/Linux
. São
usadas palavras simples para explicar o funcionamento de cada comando evitando,
sempre que possível, termos técnicos
Para melhor organização, dividi o guia em 3 versões: Iniciante,
Intermediário e Avançado. Sendo que a versão
Iniciante é voltada para o usuário que não tem nenhuma
experiência no GNU/Linux
. A última versão deste guia pode ser
encontrada em: Foca GNU/Linux
HomePage
.
Caso tiver alguma sugestão, correção, crítica para a melhoria deste guia, envie
um e-mail para gleydson@cipsga.org.br
.
O Foca GNU/Linux é atualizado freqüentemente, por este motivo
recomendo que preencha a ficha do aviso de atualizações na página web em
Foca GNU/Linux
HomePage
no fim da página principal. Após preencher a ficha do
aviso de atualizações, você receberá um e-mail sobre o lançamento de novas
versões do guia e o que foi modificado, desta forma você poderá decidir em
copia-la caso a nova versão contenha modificações que considera importantes.
Os capítulos Introdução e básico contém explicações teóricas
sobre o computador, GNU/Linux
, etc., você pode pular este
capítulos caso já conheça estas explicações ou se desejar partir para a prática
e quiser vê-los mais tarde, se lhe interessar.
Se você já é um usuário do DOS
e Windows
, recomendo
ler Para quem esta migrando (ou pensando em migrar) do
DOS/Windows para o Linux, Chapter 3. Lá você vai encontrar comparações de
comandos e programas DOS/Windows
e GNU/Linux
.
Para quem está começando, muita teoria pode atrapalhar o aprendizado, é mais produtivo ver na prática o que o computador faz e depois porque ele faz isto. Mesmo assim, recomendo ler estes capítulos pois seu conteúdo pode ser útil...
Coloquei abaixo algumas dicas para um bom começo:
grep
, depois você conhecerá suas opções, etc.
gleydson@linuxbr.com.br
.
GNU/Linux
é um
sistema que cresce muito rapidamente, a cada semana uma nova versão é lançada,
novos recursos são adicionados, seria maravilhoso se a documentação fosse
atualizada com a mesma freqüência.
Infelizmente a atualização da documentação não segue o mesmo ritmo
(principalmente aqui no Brasil). É comum você encontrar na Internet documentos
da época quando o kernel estava na versão 2.0.20, 2.0.30, etc. Estes
documentos são úteis para pessoas que usem as versões antigas do Kernel Linux,
mas pode trazer problemas ou causar má impressão do GNU/Linux
em
outras pessoas.
Por exemplo, você pode esbarrar pela Internet com um documento que diz que o Kernel não tem suporte aos "nomes extensos" da VFAT (Windows 95), isto é verdade para kernels anteriores ao 2.0.31, mas as versões mais novas que a 2.0.31 reconhecem sem problemas os nomes extensos da partição Windows VFAT.
Uma pessoa desavisada pode ter receio de instalar o GNU/Linux
em
uma mesma máquina com Windows por causa de um documento como este. Para evitar
problemas deste tipo, verifique a data de atualização do documento, se
verificar que o documento está obsoleto, contacte o autor original e peça para
que ele retire aquela seção na próxima versão que será lançada.
GNU/Linux
é considerado um sistema mais difícil do que os
outros, mas isto é porque ele requer que a pessoa realmente aprenda e conheça
computadores e seus periféricos antes de fazer qualquer coisa (principalmente
se você é um técnico em manutenção, redes, instalações, etc., e deseja oferecer
suporte profissional a este sistema).
Você conhecerá mais sobre computadores, redes, hardware, software, discos, saberá avaliar os problemas e a buscar a melhor solução, enfim as possibilidades de crescimento neste sistema operacional depende do conhecimento, interesse e capacidade de cada um.
GNU/Linux
ajudará a ter sucesso e menos dificuldade em usar
qualquer outro sistema operacional.
GNU/Linux
quando estiver em dúvida
ou não souber fazer alguma coisa no sistema. Você pode entrar em contato
diretamente com outros usuários ou através de listas de discussão (veja Listas de discussão, Section 15.11.2).
Boa Sorte e bem vindo ao GNU/Linux
!
gleydson (gleydson@linuxbr.com.br
).
É assumido que você já tenha seu GNU/Linux
instalado e
funcionando.
Este guia não cobre a instalação do sistema. Para detalhes sobre instalação,
consulte a documentação que acompanha sua distribuição GNU/Linux
.
O Sistema Operacional é a interface ao usuário e seus programas com o computador. Ele é responsável pelo gerenciamento de recursos e periféricos (como memória, discos, arquivos, impressoras, CD-ROMs, etc.) e a execução de programas.
No Linux
o Kernel é o Sistema Operacional. Você poderá
construí-lo de acordo com a configuração de seu computador e os periféricos que
possui.
O Linux
é um sistema operacional criado em 1991 por Linus
Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É um sistema
Operacional de código aberto distribuído gratuitamente pela Internet. Seu
código fonte é liberado como Free Software (software livre) o aviso de
copyright do kernel feito por Linus descreve detalhadamente isto e mesmo ele
está proibido de fazer a comercialização do sistema.
Isto quer dizer que você não precisa pagar nada para usar o Linux, e não é crime fazer cópias para instalar em outros computadores, nós inclusive incentivamos você a fazer isto. Ser um sistema de código aberto pode explicar a performance, estabilidade e velocidade em que novos recursos são adicionados ao sistema.
Para rodar o Linux
você precisa, no mínimo, de um computador 386
SX com 2 MB de memória e 40MB disponíveis em seu disco rígido para uma
instalação básica e funcional.
O sistema segue o padrão POSIX que é o mesmo usado por sistemas
UNIX e suas variantes. Assim, aprendendo o Linux
você
não encontrará muita dificuldade em operar um sistema do tipo UNIX,
FreeBSD, HPUX, SunOS,
etc., bastando apenas aprender alguns detalhes
encontrados em cada sistema.
O código fonte aberto permite que qualquer pessoa veja como o sistema funciona (útil para aprendizado), corrija alguma problema ou faça alguma sugestão sobre sua melhoria, esse é um dos motivos de seu rápido crescimento, do aumento da compatibilidade de periféricos (como novas placas sendo suportadas logo após seu lançamento) e de sua estabilidade.
Outro ponto em que ele se destaca é o suporte que oferece a placas, CD-Roms e outros tipos de dispositivos de última geração e mais antigos (a maioria deles já ultrapassados e sendo completamente suportados pelo sistema operacional). Este é um ponto forte para empresas que desejam manter seus micros em funcionamento e pretendem investir em avanços tecnológicos com as máquinas que possui.
Hoje o Linux
é desenvolvido por milhares de pessoas espalhadas
pelo mundo, cada uma fazendo sua contribuição ou mantendo alguma parte do
kernel gratuitamente. Linus Torvalds ainda trabalha em seu
desenvolvimento e também ajuda na coordenação entre os desenvolvedores.
O suporte ao sistema também se destaca como sendo o mais eficiente e rápido do que qualquer programa comercial disponível no mercado. Existem centenas de consultores especializados espalhados ao redor do mundo. Você pode se inscrever em uma lista de discussão e relatar sua dúvida ou alguma falha, e sua mensagem será vista por centenas de usuários na Internet e algum irá te ajudar ou avisará as pessoas responsáveis sobre a falha encontrada para devida correção. Para detalhes, veja Listas de discussão, Section 15.11.2.
Muitos deles estavam cansados do excesso de propaganda (Marketing) e baixa qualidade de sistemas comerciais existentes
DOS
, Windows
, OS/2
) no mesmo computador.
GNU/Linux
somente carrega para a memória o que é
usado durante o processamento, liberando totalmente a memória assim que o
programa/dispositivo é finalizado
GNU/Linux
é
licenciado de acordo com os termos da GNU.
DOS, Windows, Novell, OS/2,
NTFS, SunOS, Amiga, Atari, Mac,
etc.
GNU/Linux
tem suporte nativo a redes TCP/IP e não
depende de uma camada intermediária como o WinSock. Em acessos via modem a
Internet, a velocidade de transmissão é 10% maior.
Jogadores do Quake
ou qualquer outro tipo de jogo via Internet
preferem o GNU/Linux
por causa da maior velocidade do Jogo em
rede. É fácil rodar um servidor Quake
em seu computador e assim
jogar contra vários adversários via Internet.
DOSEMU
. Para se ter uma
idéia, é possível dar o boot em um sistema DOS qualquer dentro dele e
ao mesmo tempo usar a multitarefa deste sistema.
WINE
.
O servidor WEB e FTP podem estar localizados no mesmo computador, mas o usuário que se conecta tem a impressão que a rede possui servidores diferentes.
GNU/Linux
(Ext2)
organiza os arquivos de forma inteligente evitando a fragmentação e fazendo-o
um poderoso sistema para aplicações multi-usuárias exigentes e gravações
intensivas.
Apache
, é
distribuído gratuitamente junto com o Linux. O mesmo acontece com o
Sendmail
.
TODOS OS ÍTENS DESCRITOS ACIMA SÃO VERDADEIROS E TESTADOS PARA QUE TIVESSE PLENA CERTEZA DE SEU FUNCIONAMENTO.
Só o kernel GNU/Linux
não é suficiente para se ter uma sistema
funcional, mas é o principal.
Existem grupos de pessoas, empresas e organizações que decidem
"distribuir" o Linux junto com outros programas essenciais (como por
exemplo editores gráficos, planilhas, bancos de dados, ambientes de
programação, formatação de documentos, firewalls, etc
).
Este é o significado básico de distribuição. Cada distribuição tem sua característica própria, como o sistema de instalação, o objetivo, a localização de programas, nomes de arquivos de configuração, etc. A escolha de uma distribuição é pessoal e depende das necessidades de cada um.
Algumas distribuições bastante conhecidas são: Slackware, Debian, Red Hat,
Conectiva, Suse, Monkey, todas usando o SO Linux como kernel principal (a
Debian
é uma distribuição independente de kernel e pode ser
executada sob outros kernels, como o GNU hurd).
A escolha de sua distribuição deve ser feita com muita atenção, não adianta muita coisa perguntar em canais de IRC sobre qual é a melhor distribuição, ser levado pelas propagandas, pelo vizinho, etc. O melhor caminho para a escolha da distribuição, acredito eu, seria perguntar as características de cada uma e porque essa pessoa gosta dela ao invés de perguntar qual é a melhor, porque quem lhe responder isto estará usando uma distribuição que se encaixa de acordo com suas necessidade e esta mesma distribuição pode não ser a melhor para lhe atender.
Segue abaixo as características de algumas distribuições seguidas do site principal e endereço ftp:
http://www.debian.org/
-
Distribuição desenvolvida e atualizada através do esforço de voluntários
espalhados ao redor do mundo, seguindo o estilo de desenvolvimento
GNU/Linux
. Por este motivo, foi adotada como a distribuição
oficial do projeto GNU. Possui suporte a língua Portuguesa, é a única
que tem suporte a 10 arquiteturas diferentes (i386, Alpha, Sparc, PowerPc,
Macintosh, Arm, etc.) e aproximadamente 15 sub-arquiteturas. A instalação da
distribuição pode ser feita tanto através de Disquetes, CD-ROM, Tftp, Ftp, NFS
ou através da combinação de vários destes em cada etapa de instalação.
Acompanha mais de 4350 programas distribuídos em forma de pacotes divididos em 4 CDs binários e 2 de código fonte (ocupou 2.1 GB em meu disco rígido), cada um destes programas são mantidos e testados pela pessoa responsável por seu empacotamento. Os pacotes são divididos em diretórios de acordo com sua categoria e gerenciados através de um avançado sistema de gerenciamento de pacotes (o dpkg) facilitando a instalação e atualização de pacotes. Possui tanto ferramentas para administração de redes e servidores quanto para desktops, estações multimídia, jogos, desenvolvimento, web, etc.
A atualização da distribuição ou de pacotes individuais pode ser feita facilmente através de 2 comandos, não requerendo adquirir um novo CD para usar a última versão da distribuição. É a única distribuição não comercial onde todos podem contribuir com seu conhecimento para o seu desenvolvimento. Para gerenciar os voluntários, conta com centenas de listas de discussão envolvendo determinados desenvolvedores das mais diversas partes do mundo.
São feitos extensivos testes antes do lançamento de cada versão para atingir um alto grau de confiabilidade. As falhas encontradas nos pacotes podem ser relatados através de um sistema de tratamento de falhas que encaminha a falha encontrada diretamente ao responsável para avaliação e correção. Qualquer um pode receber a lista de falhas ou sugestões sobre a distribuição cadastrando-se em uma das lista de discussão que tratam especificamente da solução de falhas encontradas na distribuição (disponível na página principal da distribuição).
Os pacotes podem ser instalados através de Tarefas contendo seleções de pacotes de acordo com a utilização do computador (servidor Web, desenvolvimento, TeX, jogos, desktop, etc.), Perfis contendo seleções de pacotes de acordo com o tipo de usuário (programador, operador, etc.), ou através de uma seleção individual de pacotes, garantindo que somente os pacotes selecionados serão instalados fazendo uma instalação enxuta.
O suporte ao usuário e desenvolvimento da distribuição são feitos através de listas de discussões e canais IRC. Existem uma lista de consultores habilitados a dar suporte e assistência a sistemas Debian ao redor do mundo na área consultores do site principal da distribuição.
ftp://ftp.debian.org/
- Endereço
Ftp para download.
http://www.conectiva.com.br/
- São necessárias características desta distribuição.
ftp://ftp.conectiva.com.br/
- Ftp da distribuição Conectiva. Conectiva.
http://www.libranet.com/
-
Distribuição baseada na Debian GNU/Linux oferecendo as principais
características da distribuição Debian. São empacotadas os aplicativos mais
utilizados da Distribuição Debian em um único CD, você pode ter um desktop
completo sendo executado em pouco tempo.
As atualizações de softwares são feitas gratuitamente. O sistema de gerenciamento de pacotes Debian permite o gerenciamento de atualizações automaticamente.
- Ftp da distribuição.
http://www.slackware.com/
-
São necessárias características desta distribuição.
ftp://ftp.slackware.com/
-
Ftp da distribuição Slackware.
http://www.suse.com/
-
Distribuição comercial Alemã com a coordenação sendo feita através dos
processos administrativos dos desenvolvedores e de seu braço norte-americano.
O foco da Suse é o usuário com conhecimento técnico no Linux (programador,
administrador de rede, etc.) e não o usuário iniciante no Linux (até a versão
6.2).
A distribuição possui suporte ao idioma e teclado Português, mas não inclui (até a versão 6.2) a documentação em Português. Eis a lista de idiomas suportados pela distribuição: English, Deutsch, Français, Italiano, Español, Português, Português Brasileiro, Polski, Cesky, Romanian, Slovensky, Indonésia.
Possui suporte as arquiteturas Intel x86 e Alpha. Sua instalação pode ser feita via CD-ROM ou CD-DVD (é a primeira distribuição com instalação através de DVD).
Uma média de 1500 programas acompanham a versão 6.3 distribuídos em 6 CD-ROMs. O sistema de gerenciamento de pacotes é o RPM padronizado. A seleção de pacotes durante a instalação pode ser feita através da seleção do perfil de máquina (developer, estação kde, gráficos, estação gnome, servidor de rede, etc.) ou através da seleção individual de pacotes.
A atualização da distribuição pode ser feita através do CD-ROM de uma nova
versão ou baixando pacotes de ftp://ftp.suse.com/
. Usuários
registrados ganham direito a suporte de instalação via e-mail. A base de dados
de suporte também é excelente e está disponível na web para qualquer usuário
independente de registro.
ftp://ftp.suse.com/
- Ftp da distribuição SuSE.
http://www.redhat.com/
- São
necessárias características desta distribuição.
ftp://ftp.redhat.com/
- Ftp da
distribuição Red Hat.
Para contato com os grupos de usuários que utilizam estas distribuições, veja a Listas de discussão, Section 15.11.2.
(tradução do texto Linux e o Sistema GNU de Richard
Stallman obtido no site do CIPSGA: http://www.cipsga.org.br
). O
projeto GNU começou há 12 anos atrás com o objetivo de desenvolver um
sistema operacional Unix-like totalmente livre. Livre se refere à
liberdade, e não ao preço; significa que você está livre para executar,
distribuir, estudar, mudar e melhorar o software.
Um sistema Unix-like consiste de muitos programas diferentes. Nós achamos
alguns componentes já disponíveis como softwares livres -- por exemplo, X
Window
e TeX
. Obtemos outros componentes ajudando a
convencer seus desenvolvedores a tornarem eles livres -- por exemplo, o
Berkeley network utilities. Outros componentes nós escrevemos especificamente
para o GNU -- por exemplo, GNU Emacs
, o compilador GNU
C
, o GNU C library
, Bash
e
Ghostscript
. Os componentes desta última categoria são
"software GNU". O sistema GNU consiste de todas as três categorias
reunidas.
O projeto GNU não é somente desenvolvimento e distribuição de alguns softwares livres úteis. O coração do projeto GNU é uma idéia: que software deve ser livre, e que a liberdade do usuário vale a pena ser defendida. Se as pessoas têm liberdade mas não a apreciam conscientemente, não irão mantê-la por muito tempo. Se queremos que a liberdade dure, precisamos chamar a atenção das pessoas para a liberdade que elas têm em programas livres.
O método do projeto GNU é que programas livres e a idéia da liberdade dos usuários ajudam-se mutuamente. Nós desenvolvemos software GNU, e conforme as pessoas encontrem programas GNU ou o sistema GNU e comecem a usá-los, elas também pensam sobre a filosofia GNU. O software mostra que a idéia funciona na prática. Algumas destas pessoas acabam concordando com a idéia, e então escrevem mais programas livres. Então, o software carrega a idéia, dissemina a idéia e cresce da idéia.
Em 1992, nós encontramos ou criamos todos os componentes principais do sistema exceto o kernel, que nós estávamos escrevendo. (Este kernel consiste do microkernel Mach mais o GNU HURD. Atualmente ele está funcionando, mas não está preparado para os usuários. Uma versão alfa deverá estar pronta em breve.)
Então o kernel do Linux tornou-se disponível. Linux é um kernel livre escrito
por Linus Torvalds compatível com o Unix. Ele não foi escrito para o projeto
GNU, mas o Linux e o quase completo sistema GNU fizeram uma combinação útil.
Esta combinação disponibilizou todos os principais componentes de um sistema
operacional compatível com o Unix, e, com algum trabalho, as pessoas o tornaram
um sistema funcional. Foi um sistema GNU variante, baseado no kernel do
Linux
.
Ironicamente, a popularidade destes sistemas desmerece nosso método de comunicar a idéia GNU para as pessoas que usam GNU. Estes sistemas são praticamente iguais ao sistema GNU -- a principal diferença é a escolha do kernel. Porém as pessoas normalmente os chamam de "sistemas Linux (Linux systems)". A primeira impressão que se tem é a de que um "sistema Linux" soa como algo completamente diferente de "sistema GNU", e é isto que a maioria dos usuários pensam que acontece.
A maioria das introduções para o "sistema Linux" reconhece o papel desempenhado pelos componentes de software GNU. Mas elas não dizem que o sistema como um todo é uma variante do sistema GNU que o projeto GNU vem compondo por uma década. Elas não dizem que o objetivo de um sistema Unix-like livre como este veio do projeto GNU. Daí a maioria dos usuários não saber estas coisas.
Como os seres humanos tendem a corrigir as suas primeiras impressões menos do que as informações subseqüentes tentam dizer-lhes, estes usuários que depois aprendem sobre a relação entre estes sistemas e o projeto GNU ainda geralmente o subestima.
Isto faz com que muitos usuários se identifiquem como uma comunidade separada de "usuários de Linux", distinta da comunidade de usuários GNU. Eles usam todos os softwares GNU; de fato, eles usam quase todo o sistema GNU; mas eles não pensam neles como usuários GNU, e freqüentemente não pensam que a filosofia GNU está relacionada a eles.
Isto leva a outros problemas também -- mesmo dificultando cooperação com a manutenção de programas. Normalmente quando usuários mudam um programa GNU para fazer ele funcionar melhor em um sistema específico, eles mandam a mudança para o mantenedor do programa; então eles trabalham com o mantenedor explicando a mudança, perguntando por ela, e às vezes reescrevendo-a para manter a coerência e mantenebilidade do pacote, para ter o patch instalado.
Mas as pessoas que pensam nelas como "usuários Linux" tendem a lançar uma versão "Linux-only" do programa GNU, e consideram o trabalho terminado. Nós queremos cada e todos os programas GNU que funcionem "out of the box" em sistemas baseados em Linux; mas se os usuários não ajudarem, este objetivo se torna muito mais difícil de atingir.
Como deve o projeto GNU lidar com este problema? O que nós devemos fazer agora para disseminar a idéia de que a liberdade para os usuários de computador é importante?
Nós devemos continuar a falar sobre a liberdade de compartilhar e modificar software -- e ensinar outros usuários o valor destas liberdades. Se nós nos beneficiamos por ter um sistema operacional livre, faz sentido para nós pensar em preservar estas liberdades por um longo tempo. Se nós nos beneficiamos por ter uma variedade de software livres, faz sentido pensar sobre encorajar outras pessoas a escrever mais software livre, em vez de software proprietário.
Nós não devemos aceitar a idéia de duas comunidades separadas para GNU e Linux. Ao contrário, devemos disseminar o entendimento de que "sistemas Linux" são variantes do sistema GNU, e que os usuários destes sistemas são tanto usuários GNU como usuários Linux (usuários do kernel do Linux). Usuários que têm conhecimento disto irão naturalmente dar uma olhada na filosofia GNU que fez estes sistemas existirem.
Eu escrevi este artigo como um meio de fazer isto. Outra maneira é usar os termos "sistema GNU baseado em Linux (Linux-based GNU system)" ou "sistema GNU/Linux (GNU/Linux system)", em vez de "sistema Linux", quando você escreve sobre ou menciona este sistema.
Processamento de Dados é o envio de dados ao computador que serão processados e terão um resultado de saída útil.
Veja também Dispositivos de Entrada e Saída, Section 1.14.
É uma máquina eletrônica que processa e armazena os dados e pode executar diversos programas para realizar uma série de tarefas e assim atender a necessidade do seu utilizador. O computador não é uma máquina inteligente, ele apenas executa as instruções dos programas que foram escritos pelo programador.
Esta explica para que serve cada botão do painel do computador e monitor de vídeo. Se você já sabe para que cada um serve, recomendo pular esta parte, é o BE-A-BA. :-)
Todo computador possuem funções que são usados em outros tipos e modelos. Você pode ter um modelo de computador e um amigo seu outro tipo e mesmo tendo aparência diferente, terão as mesmas funções.
Quanto ao tipo, o gabinete pode ser Desktop, Mini-torre e Torre.
O painel frontal do computador tem os botões que usamos para ligar, desligar, e acompanhar o funcionamento do computador. Abaixo o significado de cada um:
Windows
dentre os botões localizados no
painel do microcomputador. No GNU/Linux
é raramente usado (com
menos freqüência que a tecla SCROLL LOCK).
É recomendado se pressionar as teclas <CTRL> <ALT> <DEL> para reiniciar o computador e o botão RESET somente em último caso, pois o <CTRL> <ALT> <DEL> avisa ao Linux que o usuário pediu para o sistema ser reiniciado assim ele poderá salvar os arquivos, fechar programas e tomar outras providências antes de resetar o computador.
Raramente as placas mãe Pentium e acima usam a chave turbo. Mesmo que exista no gabinete do micro, encontra-se desligada.
Também acende quando uma unidade de CD-ROM está conectada na placa mãe e for usado.
O monitor de vídeo se divide em dois tipos:
Quando ao padrão do monitor, existem diversos:
Dependendo da placa de vídeo, você pode configurar um monitor Hércules monocromático para trabalhar como CGA.
É a placa principal do sistema onde estão localizados o Processador, Memória RAM, Memória Cache, BIOS, CMOS, RTC, etc. A placa mãe possui encaixes onde são inseridas placas de extensão (para aumentar as funções do computador). Estes encaixes são chamados de "SLOTS".
Abaixo a descrição de alguns tipos de componentes eletrônicos que estão presentes na placa mãe. Não se preocupe se não entender o que eles significam agora:
Os chips de memória RAM podem ser independentes (usando circuitos integrados encaixados em soquetes na placa mãe) ou agrupados placas de 30 pinos, 72 pinos e 168 pinos.
Quanto maior o tamanho da memória, mais espaço o programa terá ao ser
executado. O tamanho de memória RAM pedido por cada programa varia, o
GNU/Linux
precisa de no mínimo 2 MB de memória RAM para ser
executado pelo processador.
As placas controladoras SCSI possuem sua própria BIOS que identificam automaticamente os periféricos conectados a ela. Os seguintes tipos de chips podem ser usados para gravar a BIOS:
A memória é a parte do computador que permitem o armazenamento de dados. A memória é dividida em dois tipos: Principal e Auxiliar. Normalmente quando alguém fala em "memória de computador" está se referindo a memória "Principal". Veja abaixo as descrições de Memória Principal e Auxiliar.
É um tipo de memória eletrônica que depende de uma fonte de energia para manter os dados armazenados e perde os dados quando a fonte de energia é desligada. A memória RAM do computador (Randomic Access Memory - Memória de Acesso aleatório) é o principal exemplo de memória de armazenamento Principal.
Os dados são armazenados em circuitos integrados ("chips") e enquanto você está usando seu computador, a RAM armazena e executa seus programas. Os programas são executados na memória RAM porque a memória eletrônica é muito rápida.
Se desligarmos o computador ou ocorrer uma queda de energia, você perderá os programas que estiverem em execução ou o trabalho que estiver fazendo. Por esse motivo é necessário o uso de uma memória auxiliar (veja Memória Auxiliar, Section 1.11.2).
São dispositivos que não dependem de uma fonte de energia para manter os dados armazenados, os dados não são perdidos quando a fonte de energia é desligada. As Memórias Auxiliares são muito mais lentas que as Memórias Principais porque utilizam mecanismos mecânicos e elétricos (motores e eletroímãs) para funcionar e fazer a leitura/gravação dos dados.
Um exemplo de dispositivos de armazenamento auxiliar são os disquetes, discos rígidos, unidades de fita, Zip Drives, CD-ROM, etc.
A Memória Auxiliar resolve o problema da perda de dados causado pela Memória Principal quando o computador é desligado, desta forma podemos ler nossos arquivos e programas da memória Auxiliar e copia-los para a Memória Principal (memória RAM) para que possam ser novamente usados.
Um exemplo simples é de quando estiver editando um texto e precisar salva-lo, o que você faz é simplesmente salvar os dados da memória RAM que estão sendo editados para o disco rígido, desta forma você estará guardando seu documento na Memória Auxiliar.
Este tipo de memória é mais lento que a memória principal, é por este motivo que os programas somente são carregados e executados na Memória Principal.
Os discos são memórias de armazenamento Auxiliares. Entre os vários tipos de discos existentes, posso citar os Flexíveis, Rígidos e CDs. Veja as explicações sobre cada um deles abaixo.
São discos usados para armazenar e transportar pequenas quantidades de dados. Este tipo de disco é normalmente encontrado no tamanho 3 1/2 (1.44MB) polegadas e 5 1/4 polegadas (360Kb ou 1.2MB). Hoje os discos de 3 1/2 são os mais utilizados por terem uma melhor proteção por causa de sua capa plástica rígida, maior capacidade e o menor tamanho o que facilita seu transporte.
Os disquetes são inseridos em um compartimento chamado de "Unidade de Disquetes" ou "Drive" que faz a leitura/gravação do disquete.
Sua característica é a baixa capacidade de armazenamento e baixa velocidade no acesso aos dados mas podem ser usados para transportar os dados de um computador a outro com grande facilidade. Os disquetes de computador comuns são discos flexíveis.
É um disco localizado dentro do computador. É fabricado com discos de metal recompostos por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças e revestido externamente por uma proteção metálica que é preso ao gabinete do computador por parafusos. Também é chamado de HD (Hard Disk) ou Winchester. É nele que normalmente gravamos e executamos nossos programas mais usados.
A característica deste tipo de disco é a alta capacidade de armazenamento de dados e alta velocidade no acesso aos dados.
É um tipo de disco que permite o armazenamento de dados através de um compact disc e os dados são lidos através de uma lente ótica. A Unidade de CD é localizada no gabinete do computador e pode ler CDs de músicas, arquivos, interativos, etc. Existem diversos tipos de CDs no mercado, entre eles:
Abaixo uma lista de cuidados básicos para garantir uma melhor conservação e funcionamento de seu computador e disquetes.
Se estiver em dúvida consulte um eletricista.
GNU/Linux
. Para detalhes veja
Desligando o computador, Section
1.16.
O dispositivo de entrada padrão (stdin) em sistemas GNU/Linux
é o
teclado.
O dispositivo de saída padrão (stdout) em sistemas GNU/Linux
é o
Monitor.
Para ligar o computador pressione o botão POWER ou I/O localizado em seu painel frontal do micro.
Imediatamente entrará em funcionamento um programa residente na memória ROM (Read Only Memory - memória somente para leitura) da placa mãe que fará os testes iniciais para verificar se os principais dispositivos estão funcionando em seu computador (memória RAM, discos, processador, portas de impressora, memória cache, etc).
Quando o ROM termina os testes básicos, ele inicia a procura do setor de boot nos discos do computador que será carregado na memória RAM do computador. Após carregar o setor de boot, o sistema operacional será iniciado (veja Sistema Operacional, Section 1.3). O setor de boot contém a porção principal usada para iniciar o sistema operacional.
No GNU/Linux
, o setor de boot normalmente é criado por um
gerenciador de inicialização (um programa que permite escolher qual sistema
operacional será iniciado). Deste modo podemos usar mais de um sistema
operacional no mesmo computador (como o DOS e Linux). O gerenciador de
inicialização mais usado em sistemas GNU/Linux
na plataforma Intel
X86 é o LILO
.
Caso o ROM não encontre o sistema operacional em nenhum dos discos, ele pedirá que seja inserido um disquete contendo o Sistema Operacional para partida.
Para desligar o computador primeiro digite (como root): "shutdown -h
now", "halt" ou
"poweroff", o GNU/Linux
finalizará os
programas e gravará os dados em seu disco rígido, quando for mostrada a
mensagem "power down", pressione o botão POWER
em seu gabinete para desligar a alimentação de energia do computador.
NUNCA desligue diretamente o computador sem usar o comando
shutdown
, halt
ou poweroff
, pois podem
ocorrer perda de dados ou falhas no sistema de arquivos de seu disco rígido
devido a programas abertos e dados ainda não gravados no disco.
Salve seus trabalhos para não correr o risco de perde-los durante o desligamento do computador.
Reiniciar quer dizer iniciar novamente o sistema. Não é recomendável desligar
e ligar constantemente o computador pelo botão ON/OFF, por este
motivo existe recursos para reiniciar o sistema sem desligar o computador. No
GNU/Linux
você pode usar o comando reboot,
shutdown -r now e também pressionar simultaneamente as teclas
<CTRL> <ALT> <DEL> para reiniciar de uma forma segura.
Observações:
Prefira o método de reinicialização explicado acima e use o botão reset somente em último caso.
Guia Foca GNU/Linux
Versão 3.90 - Sunday, 03 de November de 2002gleydson@cipsga.org.br